Você já reparou que muitos donos de negócios costumam tratar suas empresas como uma extensão de suas casas? É uma percepção lógica, já que normalmente passam a maior parte do dia ligados no trabalho e entendem que vem dali boa parte do sustento da sua família.
Seguindo esse raciocínio, o empresário acaba, muitas vezes, procrastinando decisões na companhia da mesma forma como faz para certos afazeres em casa. Essa postura é resultado de falta de tempo, de recursos e até mesmo de disposição naquele momento.
Ficou confuso? Um exemplo clássico ajuda a esclarecer. Certo dia, você (empresário) percebe uma mancha na parede do banheiro de casa. Por qualquer que seja o motivo, e apesar de saber que aquele é um sinal claro de infiltração, você não dá a devida importância ao assunto e deixa para resolver depois. Deliberadamente ou não, acontece é que você empurra o problema com a barriga. E qual o resultado? A mancha cresce, toma a parede inteira e, pior, a infiltração atinge o apartamento de dois vizinhos.
Ou seja, o que era um vazamento modesto vira uma baita infiltração; e você, em vez de pagar apenas o conserto na sua casa, terá que arcar também com os reparos na casa dos vizinhos. A regra é clara: adiar uma solução resulta em maior estrago e gasto.
Esse enredo com final anunciado – quase um manual de “como não resolver um problema” - é ainda realidade comum em muitas companhias. A demora do dono do negócio em sanar adversidades reflete, no futuro, em um provável maior prejuízo financeiro. Também fomenta um ambiente de trabalho que não preza pela excelência, com perda de produtividade e lucratividade. A longo prazo, pode deixar a companhia em uma situação complicada.
Incrível, porém inevitável: se não for bem gerido, um problema nos “bastidores” irá deteriorar o que deve ser tratado como um dos ativos mais precioso em qualquer negócio – o caixa. Percebi que há uma diferença básica entre o empresário que deixa problemas de gestão crescerem e aquele que quer soluções: a capacidade de tomada de decisão rápida, eficaz e assertiva. Quanto mais cedo decidir superar o obstáculo, mais ferramentas ele terá para enfrentar situações que não domina.
Prevenir e antever esses e outros riscos e atuar de forma enérgica ao primeiro sinal de adversidades são, entre outras, funções de consultorias de gestão e administração financeira, que atuam com objetivo de zerar ou minimizar possíveis impactos negativos.
A partir de um diagnóstico empresarial, é feito um planejamento de ações estratégicas com objetivos bem definidos: geração de valor e de caixa, redução de custos e aumento de produtividade. Também faço um alerta aos empresários para a importância de antever e evitar “futuros vazamentos”. É fundamental entender que a prevenção VAI gerar benefícios a médio e longo prazo. Infelizmente, quase todos querem o resultado em três meses. Viável? Sinceramente, acredito que não...
Com o passar do tempo, a atuação do consultor resulta em vantagens competitivas. Isso porque, mais do que apagar incêndios, ele indica ações preventivas que evitam problemas e mitigam riscos. A consultoria pode ainda trazer o benchmark de mercado, com um olhar crítico sobre as melhoras práticas do setor.
Confesso que ajudar as empresas a enfrentarem “infiltrações” tempestivamente tem sido para mim uma verdadeira inspiração e paixão. Sim, nós da ADSUM somos apaixonados em ajudar a “consertar” os problemas de nossos clientes.
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